sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Quebra de promessa e Restrição


"Com os fatos que aconteceram, tivemos que compatibilizar as duas situações. A primeira, colocar as cadeiras. Não há outra alternativa. E segundo, evitar que um estádio de futebol como esse se torne privilégio para poucos. Vamos assegurar naquele local um ingresso popular" (Presidente Fábio Koff, 07 de fevereiro de 2013)

Esse anúncio da colocação de cadeiras no setor da geral me incomodou bastante. Nem tanto pela medida adotada (que é reversível), mas por que ela me remete a dois fenômenos negativos que vem se repetindo, e não exclusivamente no Grêmio ou no futebol, e sim na sociedade como um todo. São eles a quebra de promessas e o aumento das restrições.

- Quebra de promessa: Durante todo o período de idealização e construção da Arena, o Grêmio (aqui entendido no sentido amplo, no conjunto dos seus dirigentes e gestões) prometeu ao seu torcedor que o espaço da geral seria mantido, que haveria um setor para o torcedor acompanhar o jogo de pé e que a avalanche seguiria acontecendo no novo estádio. Agora, diante da primeira dificuldade essa promessa é quebrada.

- Restrição: Mais uma vez a solução para apresentada para um problema é uma medida restritiva. Uma restrição exagerada, que não guarada relação direta com a causa do problema. A segurança do torcedor não passa por ficar de pé ou sentado. A existência de um fosso no estádio não representa um perigo? Por que não averiguar se o número de pessoas no setor era o adequado? Será que não houve um erro no projeto ou mesmo uma falha na execução da obra?

Um comentário:

Diogo disse...

André, você acha que com base nos artigos 14 e 19 do Estatuto do Torcedor o Grêmio e seus dirigentes podem ser responsabilizados pelos danos causados aos torcedores que se feriram nesse acidente?